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                                                                                                         Roberta Bruno

           O livro Revolução dos Bichos é uma fábula que conta a história da Granja Solar, cujo dono é o Sr Jones. Os animais da granja se organizam e fazem uma rebelião para expulsar o proprietário, eles dominam o lugar e os porcos assumem a liderança. Leis são criadas e chamadas de sete mandamentos, entre elas tem uma que chama atenção: Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo. É uma forma da liderança não ter seu poder ameaçado dentro do contexto político o homem seria a oposição.

            Todas as espécies de animais citadas tem um tipo de personalidade, existem os teimosos, os alienados, os manipulados, os ignorantes, os omissos até mesmo um sábio calado. Esses animais retratam o eleitorado da sociedade, que por falta de inteligência são enganados e fazem interpretações equivocadas dos fatos. Os animais passam a trabalhar mais, são escravizados por acreditarem no discurso do líder que estabelece privações eram em prol do bem comum. George Orwell faz uma critica ao comunismo, onde o direito do trabalhador se encerra na indiferença dos poderosos.

            O maior beneficiado é o próprio líder e não a população, e os aliados a liderança, que sempre tem algo a oferecer, é uma troca de favores, uma espécie de clientelismo. E isso pode ser observado no exército de cães que tem a raiva para defendê-lo, no porco Garganta que faz o intermédio e a propaganda de Napoleão para os outros animais. Napoleão se distancia da Granja dos Animais como os grandes lideres autoritários vivem um mundo paralelo ao da sociedade que lidera. Os porcos passam a fumar, beber e usar roupa, corrompendo todos os mandamentos da revolução. A mudança de ideologia para obter privilégio é algo comum dentro do sistema político. Quem tem poder, pode tudo, portanto é necessário ter prudência, para não se tornar um Stalin.

            No fim, os animais da nova geração conheciam apenas a nova realidade autoritária imposta por Napoleão e os poucos que sobraram da época da revolução, perderam a memória e não sabiam mais se de fato ela havia acontecido. Os porcos eram praticamente homens, com hábitos humanos e a Granja Dos Bichos, nome dado após a revolução, voltou a ser a Granja Solar. A sensação que deixou foi que tudo voltou para o mesmo lugar, o que mudou foi o líder e o ciclo de vida dos animais. Um regime autoritário que escravizava até a morte sua população visando apenas o fortalecimento e o enriquecimento do líder.

            

                                                       Por Roberta Bruno

                No dia 11 de junho de 2010, começa a 19º Copa do Mundo na África do Sul. Um país marcado pela diversidade racial, que viveu mais de 40 anos sob o regime do apartheid, onde imperava o racismo, hoje apresenta grande desigualdade social. Joanesburgo é a principal cidade da Copa do Mundo e um exemplo dessa desigualdade, de um lado a parte rica e do outro a periferia pobre. Ainda assim os africanos são alegres e distribuem alegria apesar da tristeza vivida no passado.

            Há muitos lugares na África que se vive na miséria mas hoje brancos, negros e mestiços aprendem a lidar com a mistura racial. “A Copa  reune 32 seleções que buscam o título de campeão mundial de futebol, é um encontro de nações que preza o respeito à diferença cultural. Ajudando a fixar à idéia das relações raciais e étnicas, em um país onde, por lei, direitos e deveres eram diferentes de acordo com a etnia.” Explicou o Antropólogo Caio Laudelino.

            Na África, a Copa trouxe esperança. Esperança de trabalho e de ajuda já que todos os olhares do mundo estão direcionados para o continente africano.De acordo com as estátisticas um a cada quatro sul africanos estão desempregados, com isso os bicos viraram a única alternativa para os trabalhadores. Eles oferecem serviços no meio da rua de pintor, eletricista, marceneiro e ambulantes que vendem bebidas e comidas típicas por conta do enorme numero de turistas que estão no pais.

            Em clima de festa e confraternização com os sul-africanos, uma grande mistura de torcidas toma conta da áfrica e colore as arquibancadas. As vulvuzelas, que fazem parte da cultura africana, viraram adereço de todos os torcedores, mas vem causando polemica devido ao som ensurdecedor. “Os jogadores, os jornalistas e os telespectadores estão incomodados com o barulho. Milhares de dólares foram investidos na tecnologia de transmissão da Copa, como por exemplo, microfones instalados por todos os estádios, mas fica inviável ouvir a conversa dos jogadores, o grito dos técnicos e o canto da torcida. A única coisa que se ouve são as famosas vulvuzelas.” contou o engenheiro especialista em som Rafael Zacca.

            A alegria do futebol junto à mistura de nacionalidades enriquece a cultura africana. Apesar de pouca tradição no esporte, os africanos adoram o futebol e apelidaram o time brasileiro de Samba Boys.

“O futebol e um esporte democrático, que não distingue negros, brancos, homens e mulheres.” Comentou o Antropólogo Caio Laudelino.

 

                                                                                                        Roberta Bruno

Em quase todos os sinais de trânsito do Rio de Janeiro crianças fazem malabares em troco de dinheiro. Crianças carentes, que não tem o que comer, o que vestir e muitas vezes nem mesmo aonde dormir. Pedir esmola é muito triste principalmente para jovens e crianças que nem sequer tiveram a chance de estudar ou trabalhar. E é exatamente nesse contexto que surge a arte, fazer malabares é uma forma de mostrar serviço, trabalho. Pois o que está em falta não é energia e sim oportunidade.

Eles querem tentar, de alguma forma, esperam conseguir e não ter o mesmo destino dos pais. Isso é, os poucos que tem alguém da família por perto. O abandono da família, da sociedade e do estado é total, e mesmo assim em um domingo chuvoso, essas crianças pintam o rosto de palhaço e com um sorriso inocente vão para o sinal tentar arrumar algum trocado.  O mais bonito disso tudo é que em meio a tanto sofrimento na vida, tanta miséria e fome, se buscou a arte como saída.

Como já dizia Nietz: “a arte é um lugar privilegiado, que pode transformar o mundo e o ser humano”. Não que o malabares possa dar o sustento necessário para essas crianças, mas transporta essa geração carente para uma realidade alegre, que dá prazer através da brincadeira e da busca constante da superção. Isso por que uns começam com duas bolinhas, outros com três e os mais experientes se apresentam com até dez bolinhas.

O verdadeiro palco não deveria ser a rua e sim a escola, as bolinhas deveriam ser substituídas por livros e ai sim o Estado poderia sair aplaudido. Mas diante de tamanha desigualdade social, a triste e bonita luta dos excluídos da sociedade para sobreviver é que merece ser aplaudida. Diferente do circo, ali a cortina não fecha e não se paga caro para assistir o show das bolinhas. O espetáculo de equilibrismo e malabarismo encanta quem passa e entristece quem pensa. É uma pena não poder mudar o mundo, mas a sociedade pode mudar os políticos.

por Rodrigo Manoel

Copa do Mundo no Rio

A Praia de Copacabana, um dos mais importantes pontos turísticos da Zona Sulda cidade, ganha alma esportiva com o International FIFA Fan Fest Rio de Janeiro (IFFF Rio), entre os dias 11 de junho e 11 de julho. Durante um mês,o Rio será a sede brasileira do único evento oficial da Copa do Mundo 2010,fora da África do Sul. Além do Rio, outras seis cidades também recebem simultaneamente o FIFA Fan Fest: Berlim, Cidade do México, Londres, Roma,Sydney e Paris.

Está sendo montada uma arena, que irá concentrar diversas atividades,
shows, apresentações e ações promocionais. Nos dias dos jogos do Brasil, um telão será voltado para a praia e mais de 100 mil pessoas poderão assistir e torcer pela seleção brasileira – em uma oportunidade única criada pela parceria entre a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a FIFA.

O Fifa Fan Fest aconteceu pela primeira vez durante a Copa do Mundo na Alemanha, em 2006. O evento foi um sucesso, reunindo mais de 8 milhões de pessoas em Berlim nos dias de jogos. Tal como na Alemanha, a expectiva é que a arena em Copacabana receba, não só cariocas, mas um atrativo para os turistas.

Vitória da prefeitura

A Fifa recebeu na manhã desta terça-feira, em sua sede em Zurique, a carta-compromisso assinada pelo prefeito Eduardo Paes e o secretário especial de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, para a realização do evento Fifa Fan Fest no Rio de Janeiro, durante a Copa do Mundo, na África do Sul, em 2010. O Fifa Fan Fest será realizado na Praia de Copacabana entre os dias primeiro e 14 de junho do próximo ano e contará com a transmissão, ao vivo, dos jogos da competição durante o dia, além de eventos culturais e shows à noite.

O acordo prevê que a cidade-sede deve, entre outras atribuições, construir um espaço com capacidade para receber, no mínimo, 20 mil espectadores, com acomodações suficientes para a instalação de um palco, telões – onde serão transmitidos os jogos ao vivo -, além de área de alimentação. O local vai funcionar entre 10h e meia-noite.

“O Fan Fest vai ser o primeiro passo para que cariocas e turistas que estiverem na cidade durante o evento sentirem o clima de uma Copa do Mundo”, afirmou o secretário Antonio Pedro Figueira de Mello.

A Fifa, entre outros, se compromete a fornecer parte infraestrutura para a realização do evento. Entre as responsabilidades da entidade está a instalação de um telão gigante, do palco e do sistema de som e de iluminação. A Fifa também vai divulgar o evento mundialmente.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Roberta Bruno

                Em 1766, a Suécia foi o primeiro país que garantiu o direito à informação através de uma legislação que regulamentava a imprensa livre. No Brasil, os direitos e garantias fundamentais do cidadão, incluindo a liberdade de imprensa, demoraram um pouco mais e só foi estabelecida com a Constituição de 1988. O Estado Novo implantado por Vargas e a Ditadura Militar são marcos na história brasileira de censura e restrições a liberdade de expressão.

            O acesso à informação possibilita uma relação mais transparente entre cidadãos e o Estado. Hoje, com tantos veículos para divulgação se tornou mais fácil manter a sociedade informada, o rádio, o jornal, a TV e a internet são fundamentais como meio difusores da imprensa livre. -“A exposição de ideias em fontes de informação diversificadas são essenciais para democracia contemporânea. Uma sociedade esclarecida, pode se posicionar e participar de maneira consciente no cenário político, mas é essencial que ela busque informações em veículos confiáveis.” – Explicou o jornalista Daniel Albuquerque.

                É importante que a sociedade aprenda a diferença entre a verdade e manipulação, pois a democracia funciona na sociedade que sabe designar o certo e condenar o errado. A internet é um espaço aberto onde qualquer pessoa pode divulgar sua opinião contribuindo para debates abertos e para uma cidadania participativa, sendo essencial em uma democracia.  É interessante a argumentação do jornalista Daniel Albuquerque  sobre a imprensa atual: -“Hoje lidamos com dois tipos de imprensa, uma é livre e a outra é escrava. A imprensa livre tem a missão de formar opiniões e divulgar verdades. Ela tem responsabilidade, portanto é digna de confiança. Já a imprensa escrava é movida pelo lucro, trabalha com omissão e com falsas verdades. É o orgulho e a vergonha da imprensa brasileira.”-.

                 As denúncias feitas pela imprensa causam consequências desde protestos até a mudança de hábitos do povo, e é essa uma das causas pela qual a imprensa sempre foi e será muito vigiada. Nesse contexto se desenvolve a liberdade de expressão baseada na liberdade de imprensa.   A informação ajuda a constituir o senso critico da sociedade sendo inconcebível a imprensa corrompida, que visa o dinheiro na frente de valores que sustentam a democracia. O acesso à informação e a imprensa livre tem como compromisso zelar pela verdade e colaborar para o progresso da nação.

                                                                                                                       Roberta    Bruno

         A política Brasileira construiu um histórico de escândalos e a sociedade está cansada de ver corrupção, ser enganada e se manter calada. O cidadão, a imprensa e o poder público precisam mudar a forma como assuntos gravíssimos são tratados. Vivemos em uma democracia e o direito à liberdade de expressão tem que ser usado a favor da sociedade. A mídia e a imprensa de forma geral não só representam a opinião pública como tornam público escândalos vergonhosos como forma de alertar os cidadãos e por fim a impunidade.

            Um novo projeto, Ficha Limpa, cujo relator é o Deputado Federal Índio da Costa (Democratas-RJ), proíbe a candidatura de políticos com débito na justiça. Nele ficaria inelegível por oito anos político condenado em decisão colegiada da Justiça por crimes graves. Todos os crimes são tipificados e vão de estupro a crimes contra a administração pública. O fato é que o projeto não teve aprovada a tramitação de urgência urgentíssima, na Câmara de Brasília, adiando o prazo até o dia 29 de abril para análise.

            A população tem um papel muito importante nesse momento de pressionar contra foras da lei. A iniciativa popular resultou em mais de 1,6 milhões de assinaturas e mesmo assim o projeto ainda não foi aprovado e muito menos votado.

Que análise seria essa? Mudanças no projeto, para que haja manipulações políticas por parte de justiça? O que seria mais urgente na Política Brasileira do que punir pessoas criminosas e de caráter duvidoso que representam a população?

            Perguntas ficam no ar e provavelmente não serão respondidas antes das eleições. Nesse momento o importante é a mobilização popular para evitar que a proposta acabe derrotada. O que se discute não é cassação e sim condenação.

                                                                                                      Roberta Bruno

            Faltando um pouco menos de sete meses para as eleições, começam os ataques políticos pela web entre os candidatos. José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) são os três principais candidatos à Presidência da República e todos aderiram à internet.  Enquanto a campanha oficial não é lançada, os adversários usam os meios difusores que podem a seu favor.

            Serra, Marina e Dilma, todos estão no twitter. Dilma, além do twitter, possui um blog e conta com a consultoria da Blue State Digital, a mesma responsável pela campanha de Barack Obama. Serra utiliza o twitter para postar opiniões pessoais, uma forma de apresentar sua intimidade aos eleitores. Marina tem um blog e um site, que são usados para compensar a desvantagem de tempo do PV no horário eleitoral gratuito e incentivar doações de pessoas físicas.  A interação com os eleitores visa também criar voluntários que se interessem em divulgar conteúdos favoráveis aos candidatos.

          – “A internet ganhou relevância nas campanhas eleitorais, pois ela possibilita juntar todos os recursos em um só, é possível reunir textos, fotos, vídeos, mapas e montagens, além da interatividade. A divulgação das noticias em tempo real promove discussões atuais e estabelece um debate aberto entre candidatos e eleitores.”- Disse o jornalista e assessor de imprensa Chico Dias da agência de consultoria A Propósito.

            De acordo com o Ibope o número de brasileiros com acesso à internet dobrou desde as eleições de 2006. Hoje, 66 milhões de brasileiros são internautas fazendo com que a internet se torne mais uma arma usada pelos políticos para atingir o maior número de pessoas possível.  Outra razão pela qual a rede tem sido explorada é uma mudança na legislação que a tornou mais flexível. Agora as leis são diferentes da televisão e do rádio, é permitido em blogues e sites promover debates e usar redes sociais mesmo antes do período oficial da campanha.

            Em um estudo realizado pela Sysomos, O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de usuários do Twitter com 8,7% do seu total de assinantes. Em primeiro é o Estados Unidos e em terceiro Londres. Tais fatos constatam que a internet está invadindo todas as regiões do Brasil. E é por isso que não só os candidatos a presidência se tornaram internautas.

            Na pré campanha eleitoral, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, dois dos principais candidatos, aderiram também ao novo recurso. O Deputado Federal Fernando Gabeira (PV) e o ex- governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, estão ligados a rede através de blogues e sites, onde mostram suas obras e ações além de denunciarem problemas do Estado do Rio de Janeiro.  O que não deixa de ser uma forma de ataque político via internet ao atual Governador do Estado do Rio de Janeiro e candidato a reeleição Sérgio Cabral.

            “As notícias ruins viajam com mais velocidade que as boas notícias. Há muito menos espaço para se esconder quando as ações dos políticos dão errado, já que os candidatos estão sempre expostos e os eleitores muito mais envolvidos.” Explicou Antônio Lavareda, especialista em marketing eleitoral e colunista da Band News FM.

            A questão é que o novo mecanismo, a internet, terá grande influência nas eleições de 2010. A Arrecadação de fundos, a comunicação direta com os eleitores, a divulgação de críticas aos adversários são apenas os primeiros indícios da longa batalha eleitoral.

Roberta Bruno

            Enquanto os candidatos divergem em opiniões sobre a violência do Rio de Janeiro, surgem diversas críticas por conta da insegurança apresentada, inclusive do Presidente da República. Na abertura do Fórum Urbano Mundial, o Presidente Lula falou dos investimentos que tem feito nas comunidades carentes através do PAC e também sobre a violência no Rio. Lula convidou: — Por favor, visitem o Rio. De vez em quando vocês lêem que morreu alguém no Rio. Obviamente nós não negamos que há violência. Agora, não se embrenhem por lugares que vocês não conheçam.

            A cidade maravilhosa se tornou um campo minado, assalto, tráfico de drogas, sequestro e bala perdida fazem parte da rotina dos cariocas. Esse tema vem sendo explorado pelos candidatos a governador do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, Antony Garotinho e o atual governados Sérgio Cabral. Os três procuram soluções e saídas para conter o crime. Segundo o ex- governador Antony Garotinho: – “O crime pode ser divido em dois grandes grupos: O crime organizado onde se desenvolve práticas como o tráfico, sequestro, roubo a banco e a cargas. E o delito social que é formado por vitimas da enorme desigualdade social e veem o delito como alternativa para sobrevivência. O combate ao crime é essencial, mas cada um deve ser combatido de uma forma.” 

            Gabeira denuncia através de seu site a violência urbana. Ele mostra através de mapas, o número de bombeiros, guardas municipais e policiais assassinados no Rio de Janeiro, de acordo com estatísticas. E também um mapa da ocupação territorial armada onde relata que 71 comunidades são comandadas por traficantes e 85 por milicianos. Comprovando através de dados o perigo que ocupa o Rio. Recentemente o parlamentar criticou ainda as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs): — Se for contar o número de pessoas (policiais) que deverão ocupar todos os morros do Rio, seria preciso contratar o exército chinês. Por isso, temos de pensar um pouco mais sobre o assunto.

            Recentemente o atual governador inaugurou unidades pacificadoras (UPP) em morros do Rio. A UPP é um novo modelo de segurança que visa ocupar territórios controlados por traficantes e milicianos e aproximar a polícia dos moradores da favela de forma legitima.   — “O objetivo do projeto, ao contrário do que muitos pensam, não é acabar com o tráfico de drogas, pois isto é impossível: só não haverá tráfico se não houver consumidores e eles existem em todo o mundo. O alvo das UPPs é o domínio territorial dos bandidos”.  — Explicou Flávia Araujo, Coordenadora de Comunicação Social da Secretária de Segurança.

            A postura dos candidatos demonstra como a cidade está violenta , e o quanto é importante que medidas radicais sejam tomadas para que os que o Estado possa vencer o mal, e levar cidadania e democracia para a sociedade. As campanhas eleitorais ainda irão dar o que falar.

                                                                                                  Por Roberta Bruno

             Em 1766, a Suécia foi o primeiro país que garantiu o direito a informação através de uma legislação que regulamentava a imprensa livre. No Brasil, os direitos e garantias fundamentais do cidadão, incluindo a liberdade de imprensa, demoraram um pouco mais e só foi estabelecida com a Constituição de 1988. O Estado Novo implantado por Vargas e a Ditadura Militar são marcos na história brasileira de censura e restrições a liberdade de expressão.

            O acesso a informação possibilita uma relação mais transparente entre cidadãos e o Estado. Os jornalistas têm como função levar a informação à sociedade, pois ela é um direito de todos, para isso é necessário apurar a veracidade de todos os fatos. As denuncias feitas por qualquer meio de comunicação causa diversas conseqüências, desde protestos até a mudança de hábitos, essa é umas das causas pela qual a imprensa sempre foi e será muito vigiada.

            Todos os jornalistas costumam dizer que o que o repórter tem que ser chato quando necessário e perguntar até mesmo quando o entrevistado não quer responder. Nesse contexto aparece à liberdade de expressão, a importância de mostrar a realidade de acordo com o que é acessível.

            É interessante a argumentação do jornalista Daniel Albuquerque  sobre a imprensa livre:

“Hoje lidamos com dois tipos de imprensa: uma é livre e a outra é escrava. A imprensa livre tem a missão de formar opiniões e divulgar verdades. Ela tem responsabilidade, portanto é digna de confiança. Já a imprensa escrava é movida pelo lucro, trabalha com a omissão e com falsas verdades. É o orgulho e a vergonha da imprensa brasileira.”

            De acordo com essa idéia, é importante que a sociedade aprenda a diferencia a verdade da manipulação, pois a democracia funciona na sociedade que sabe designar o certo e condenar o errado. A Liberdade de imprensa contribui para debates abertos e para uma cidadania participativa, sendo essencial em uma democracia.

                                                                                            Roberta Bruno 11 hr

             Faltando um pouco menos de sete meses para as eleições, começam os ataques políticos entre os candidatos. José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), são os três principais candidatos à Presidência da República e todos aderiram à internet.  Enquanto a campanha oficial não é lançada, os adversários usam os meios difusores que podem a seu favor.

            Serra, Marina e Dilma, todos estão no twitter. Dilma além do twitter possui um blog e conta com a consultoria da Blue State Digital, a mesma responsável pela campanha de Barack Obama. Serra utiliza o twitter para postar opiniões pessoais, uma forma de apresentar sua intimidade aos eleitores. Marina tem um blog e um site, que são usados para compensar a desvantagem de tempo do PV no horário eleitoral gratuito e incentivar doações de pessoas físicas.  A interação com os eleitores visa também criar voluntários que se interessem em divulgar conteúdos favoráveis aos candidatos.

            “A internet ganhou relevância nas campanhas eleitorais, pois ela possibilita juntar todos os recursos em um só, é possível reunir textos, fotos, vídeos, mapas e montagens, além da interatividade. A divulgação das noticias em tempo real promove discussões atuais e estabelece um debate aberto entre candidatos e eleitores.” Disse o jornalista e assessor de imprensa Chico Dias da agência de consultoria A Propósito.

            De acordo com o Ibope o número de brasileiros com acesso a internet dobrou desde as eleições de 2006. Hoje, 66 milhões de brasileiros são internautas fazendo com que a internet se torne mais uma arma usada pelos políticos para atingir o maior número de pessoas possível.  Outra razão pela qual a rede tem sido explorada é uma mudança na legislação que a tornou mais flexível. Agora as leis são diferentes da televisão e do rádio, é permitido em blogues e sites promover debates e usar redes sociais mesmo antes do período oficial da campanha.

            Em um estudo realizado pela Sysomos, O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de usuários do Twitter com 8,7% do seu total de assinantes. Em primeiro é o Estados Unidos e em terceiro Londres. Tais fatos constatam que a internet está invadindo todas as regiões do Brasil. E é por isso que não só os candidatos a presidência se tornaram internautas.

            Na pré campanha eleitoral, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, dois dos principais candidatos, aderiram também ao novo recurso. O Deputado Federal Fernando Gabeira (PV) e o ex- governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, estão ligados a rede através de blogues e sites, onde mostram suas obras e ações além de denunciarem problemas do Estado do Rio de Janeiro.  O que não deixa de ser uma forma de ataque político via internet ao atual Governador do Estado do Rio de Janeiro e candidato a reeleição Sérgio Cabral.

            “As notícias ruins viajam com mais velocidade quanto às boas notícias. Há muito menos espaço para se esconder quando as ações dos políticos dão errado, já que os candidatos estão sempre expostos e os eleitores muito mais envolvidos.” Explicou Antônio Lavareda, especialista em marketing eleitoral e colunista da Band News FM.

            A questão é que o novo mecanismo, a internet, terá grande influência nas eleições de 2010. A Arrecadação de fundos, a comunicação direta com os eleitores, a divulgação de críticas aos adversários são apenas os primeiros indícios da longa batalha eleitoral.